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quarta-feira, 2 de junho de 2010

E-Fólio C

1.O jovem adulto encontra-se perante uma nova fase da sua vida, já não enfrenta grandes mudanças físicas como as que marcaram a adolescência, porém, o seu desenvolvimento é agora igualmente marcado por alterações relevantes, nomeadamente a nível social e emocional.
A identidade do jovem adulto repercute aquilo que foi a sua vida desde a infância até à adolescência como sendo a base da sua personalidade, sendo agora envolta por diferentes factores que vão moldando o seu futuro desenvolvimento, tais como o afastamento gradual dos pais, ou grupo familiar primário; a dependência económica; a crescente autonomia e independência; a confrontação com novos contextos sociais e culturais, entre outros.
O estudo desta etapa é relativamente recente, pois é difícil fazer um enquadramento cronológico consensual. Sabe-se, contudo, que é uma fase intermediária entre a adolescência e a adultez, que pode ir dos dezoito aos trinta anos, sensivelmente.
Esta é uma fase em que os jovens manifestam uma capacidade física bastante elevada, sobretudo relativamente à vitalidade e resistência, e em que a fertilidade atinge o seu nível mais alto. No entanto, nos dias de hoje existem alterações sociais que marcam de forma indelével o percurso dos jovens adultos. Há uns anos atrás esta era, sem dúvida, a fase em que as pessoas casavam e tinham filhos, no entanto, nos dias de hoje as prioridades dos jovens vão-se alterando, e estes vão-se adaptando às novas realidades. Deste modo, para satisfazer as novas exigências profissionais, as mulheres têm filhos cada vez mais tarde.
A grande prioridade dos jovens adultos é, pois, a obtenção de afirmação profissional e o consequente estatuto social que lhe é inerente. É a idade da força, da luta pelos objectivos e pelos sonhos, de modo a garantir o sucesso pessoal, social e financeiro. Nem sempre, porém, estes jovens adultos atingem os objectivos a que se propõem, sendo que por vezes experimentam o insucesso e a frustração. É, por excelência, a fase da afirmação do indivíduo na sociedade e no mundo laboral.

2. Endereço do powerpoint armazenado na minha conta pessoal no slideshare: http://www.slideshare.net/secret/xohISTqgREbA4m
3. O mapa conceptual sobre os factores de risco e de protecção da escola e da família elaborado por mim incide sobre os quatro sistemas de influência propostos por Bronfenbrenner: Macrossistema; Exossistema; Mesossistema e Microssistema.







Bibliografia:
- Marchand, H. (2001) A sabedoria;
- Morgado, L. & Costa, A. (2009).Textos de Suporte ao Tema 3;
- Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, Porto Editora, Porto, pp. 83-106.

sábado, 1 de maio de 2010

e-Fólio B

Ficha de Leitura
Matos, Margarida Gaspar de
“ A saúde do adolescente: O que se sabe e quais são os novos desafios”
Análise psicológica (2008), 2 (XXVI): 251-263
Artigo extraído do site: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v26n2/v26n2a07.pdf
Resumo:
O artigo de Margarida Gaspar de Matos aponta os conhecimentos adquiridos, e dados como certos, acerca dos adolescentes, fazendo de seguida uma referência ao mundo da música perspectivado pelos adolescentes, assim como uma alusão ao mundo virtual, em resultado dos novos tempos. Finalmente, alerta para os novos desafios que estes enfrentam, passando pelas novas necessidades de apoio.
Começando por analisar aquilo que já se sabe, a autora refere três aspectos fundamentais que caracterizam os adolescentes, são eles:
- a constatação de que a puberdade marca o início da adolescência, sendo que, através das alterações físicas, os jovens se confrontam com uma nova realidade a que têm de se ajustar, quer a nível familiar quer entre os pares, e para a qual não devem descurar os novos factores de risco e protecção;
- a importância dos modelos sociais, nomeadamente dos pais da criança, pois estes repercutem para os jovens os seus próprios padrões de comportamento;
- o isolamento e a agressividade, assim como a tendência para aderir a comportamentos de risco para a saúde, resultam da dificuldade de relacionamento interpessoal.
No que diz respeito à família, sabe-se que:
- constitui o suporte das relações afectivas e sociais da criança, servindo igualmente de base nas suas estruturas cognitivas;
- o estilo parental apoiado numa maior interactividade e participação e numa maior responsabilização dos jovens, e na sua relação com os pares, fomentará a protecção dos adolescentes. Opondo-se, portanto, a um estilo punitivo, mais frequente nas famílias de baixos rendimentos, que acusam uma maior rejeição dos filhos;
- é importante que os jovens percepcionem o controlo parental e mantenham uma relação estável e equilibrada com pelo menos um dos pais.
Quanto aos amigos, Margarida Gaspar de Matos salienta que “As crianças mais populares têm mais oportunidades de interacção social e por isso mais oportunidades de aprendizagem e prática de competências de relacionamento interpessoal.” (p.252). Frisa o facto de que o isolamento promove a diminuição das capacidades de aceitação social, aumentando, por conseguinte, a propensão para situações de risco.
A relação com os pares permite, pois, que a criança aprenda “…as regras de vida na comunidade e as regras de futuras relações interpessoais.” (p.252).
Apesar da crescente necessidade de autonomia relativamente aos pais, os adolescentes precisam de complementar esta relação, que deve ser positiva, com o grupo de pares e com a escola. Sendo este equilíbrio necessário para que os jovens se protejam de comportamentos de risco.
Margarida Matos considera que a capacidade de relacionamento social promove inequivocamente uma melhor adaptação à idade adulta. Dá especial enfoque ao amigo próximo e ao grupo de pares no seu papel crucial para a construção da identidade dos adolescentes, pois são estes que irão desencadear o desenvolvimento pessoal, transmitindo as ideias que espelham a sua cultura e os seus valores “…guiando os adolescentes no desenvolvimento das suas competências emocionais e cognitivas (…) actuando como uma formação para a vida adulta.” (Brown apud Matos, 2008).
Neste artigo, pode-se constatar o relevo que os jovens dão à música, possibilitando-lhes uma identificação com determinado estilo, o que contribui para a construção da sua identidade. Assim, “…a música tem um espaço único na vida dos adolescentes, com elevado impacto emocional, sendo usada para equilíbrio das emoções e afastamento do aborrecimento.” (p.255). Margarida G. de Matos faz ainda referência ao facto das opções musicais reflectirem certos problemas dos adolescentes, quer de internalização – depressão, quer de externalização – agressividade e violência. Estas e outras apreciações são corroboradas pelo estudo HBSC, realizado em Portugal no ano de 2006, através da participação de 4977 adolescentes de ambos os sexos. Neste estudo conclui-se que os gostos musicais ganham maior definição à medida que os jovens avançam na idade.
Para melhor compreensão dos jovens da geração virtual, a autora alude ao impacto que as novas tecnologias de informação e comunicação exercem nas relações sociais dos adolescentes. Assim, constata-se que os jovens afastam-se gradualmente dos comportamentos de risco, uma vez que decrescem as saídas à noite, todavia privam-se do contacto emocional e social dos adultos. Isto porque o computador preenche cada vez mais os requisitos dos jovens, sejam de carácter académico, de entretenimento ou de meio de socialização. Note-se que existem inclusive jogos virtuais que criam “mundos” em tudo semelhantes ao real. Resta saber quais “…as consequências de saúde pública, saúde mental e saúde social...” (p.258) como muito bem refere a autora deste artigo, pois ainda é cedo para prever.
O certo é que se torna evidente um crescente isolamento pessoal e social, e, portanto, uma maior aptidão para outros riscos para a saúde.
Por último, o artigo apela aos novos desafios, tais como o cyber-bullying, conceito em tudo semelhante ao bullying já que se refere a uma perseguição por parte de alguém mais forte e persuasivo. Assim, “o mal estar pessoal e social associado a este fenómeno é considerável, chegando mesmo a ocasionar problemas de saúde física e mental e, em casos extremos, violência chegando ao suicídio.” (p.259). A internet permite ainda a criação de amizades que, quando envoltas pelo anonimato, podem transformar-se em desilusões, causando medo (em caso de ameaças implícitas) ou luto, se desaparecem.
Para uma tentativa de entendimento das novas necessidades de apoio familiar e profissional urge tentar ser útil aos adolescentes “…estimulando a procura de diversas alternativas para enfrentar os diversos desafios e estímulos (…) tais como o stress, a insegurança, o aborrecimento / tédio e depressão…” (p. 259). O lazer torna-se, pois, um meio por excelência eficaz no combate ao risco, permitindo aos jovens a descoberta do equilíbrio através das relações inter-sociais, uma vez que promove a adopção de estilos de vida saudáveis.
Ao nível da educação existem programas de intervenção que, em conjunto com a família, a escola e a comunidade, colocam os jovens como seus parceiros e pares, com o objectivo de promover igualmente hábitos e estilos de vida saudáveis. O desafio maior será ainda saber como acompanhar e apoiar a nova geração de adolescentes que se demarca pela fluente utilização das novas tecnologias de comunicação.

Comentário:
Artigo pertinente e actual. Fundamenta-se num vasto leque de teorias que enformam os conhecimentos acerca da adolescência, visando uma reflexão atenta aos novos factores de risco e protecção. Foca a necessidade de despertar para a nova realidade virtual, promovida pela crescente utilização das tecnologias de informação e comunicação. O bem-estar e a saúde dos adolescentes passam, pois, pela consciência de que há novos desafios a enfrentar nesta fase basilar para a conquista de autonomia e construção da identidade.
Bibliografia complementar:
- Morgado, L. & Costa, A. (2009).Textos de Suporte ao Tema 2;
-TAVARES et al (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, Porto Editora, Porto, pp. 42-82.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

e-Fólio A (continuação...)

1. O desenvolvimento dos músculos e da aquisição de mobilidade assumem ritmos diferentes, justifucando-se pela diferença da interacção entre factores hereditários e maturacionais e factores ambientais e de aprendizagem, que numa criança levará mais tempo pois é um processo mais decisivo e longo.
2. Os estudos de Goddard tentaram provar que o factor hereditário é o único responsável pelo desenvolvimento humano. Ao estudar a genealogia das duas linhagens, Goddard deixou de lado outros factores fundamentais, nomeadamente, ambientais, nutricionais, etc. Contudo, o seu estudo foi bastante relevante naquela época.
3. John Watson pretende demonstrar com esta afirmação que o comportamento humano está directamente relacionado com a resposta a estímulos do ambiente, indo ao encontro do conceito filosófico de John Locke, que preconiza que o ser humano nasce desprovido de ideias e concepções inatas, sendo o desenvolvimento da sua personalidade o resultado da aquisição dos diversos condicionamentos ao longo do tempo.
4. Os defensores da hereditariedade argumentariam que a criança era muda, daí ter dificuldades no seu desenvolvimento cognitivo. Já os defensores do meio ambiente remeteriam para a falta de contacto social a dificuldade de integração ao meio, pois enfrentava agora um novo contexto sócio-cultural.
5. Na minha opinião, o processo de aprendizagem resulta do entrosamento dos dois factores: nature e nurture. O código genético do sujeito e o meio que este dispõe para desenvolver as suas características inatas complementam-se por via de uma interactividade evolutiva ao longo da vida.
6. DM; CM;CM;DM;D;CM

segunda-feira, 29 de março de 2010

E-fólio A

Resumo:

O desenvolvimento humano tem sido objecto de estudo em várias áreas da psicologia, sobretudo na área da Psicologia do Desenvolvimento. O seu estudo abarca um conjunto de factores, nomeadamente, psicológicos, sociais e culturais, cujo encadeamento permite observar a evolução do ser humano desde o momento da sua concepção até à morte.
É um processo evolutivo e faseado, deste modo, é importante ter em conta os diferentes estádios de desenvolvimento. Dao que a noção de estádio diz respeito à estrutura inerente a cada sujeito, deve-se ter em conta que, embora os estádios sejam padronizados, eles resultam da adaptação do sujeito ao meio, em resultado de um processo integrativo.
Assim, na base do estudo do desenvolvimento humano surgiu a discussão sobre qual dos factores será fulcral no seu processo, o meio ou a hereditariedade?
Arnold Gesell defendeu, a partir da década de 20 de século XX, que existe uma predeterminação genética, portanto, inata, responsável pelo desenvolvimento humano, e que as características do ser humano resultam de um processo fisiológico hereditário que se desenvolve após o seu nascimento - maturação. Aqui, a integração do sujeito com o meio é irrelevante. É o chamado conceito nature. Em posição contrária, surge a teoria behaviorista, que defende que são os factores do meio e da aprendizagem os elementos chave do desenvolvimento humano, desvalorizando consequentemente o factor hereditário - conceito nurture.
Em resultado de uma análise holística, surge a interacção dos factores hereditários e maturativos e dos factores contextuais e de aprendizagem. Piaget apresenta a corrente construtivista, por um lado, e Erikson a corrente psocossocial, por outro. Ambos sublinham a interacção da hereditariedade e do meio como pontos fundamentais nos seus estudos. Assim sendo, constata-se que o desenvolvimento humano resulta da interacção de factores inatos e adquiridos, como resultado de um processo construtivista, regido por factores biológicos, maturacionais, psicológicos, sociais, culturais e históricos.
De modo a organizar e sistematizar os conhecimentos adquiridos, surgem as teorias, dando corpo ao conjunto de conhecimentos observados por meio de um sistema aberto. São aqui destacadas as teorias: psicanalítica, behaviorista, cognitivista e humanista.
No que respeita às teorias psicanalíticas, estas dão especial ênfase ao desenvolvimento humano a partir de impulsos e motivações internas segundo estádios, e tem como responsável Sigmund Freud, que defende na sua perspectiva a evolução psicossexual do sujeito.
Quanto às teorias behavioristas, têm como base o conceito de «tábua rasa», preconizado por John Locke, que confere ao ambiente a responsabilidade dos comportamentos, pensamentos e sentimentos do ser humano.
É Jean Piaget quem revoluciona as concepções de inteligência e desenvolvimento do conhecimento, apostando na estrutura do conhecimento e respectiva prática interaccionista com o meio, assente numa perspectiva construtivista. Será a acepção entre o organismo e o meio, e o equilíbrio conseguido entre a assimilação de novos dados e a sua acomodação que condicionará o desenvolvimento progressivo do ser humano, evoluindo de um estádio mais elaborado e complexo, segundo princípios determinantes. Ainda segundo a teoria cognitivista, Vigotsky opõe-se a Piaget, salientando que será a sociedade a ter um papel preponderante na construção de formas culturalmente organizadas e na interacção social. Formula a Lei do Desenvolvimento Cultural e defende o conceito fulcral neste ponto de vista, denominado Zona de proximidade.
Por último, destacam-se as teorias humanista, com origem em meados do século XX, que têm como propósito fundamental o estudo da personalidade. A consciência será a base do desenvolvimento humano, cabendo ao sujeito tomar as decisões necessárias ao seu desenvolvimento. Segundo Abraham Maslow, existe uma hierarquia das necessidades e motivações humanas, que tem por base as necessidades fundamentais e como meta a auto-realização.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dia mundial da poesia, 21 de Março


Poema para todos

Para quê chorar
Porque esperamos
Que outros venham consolar?
Para quê querer uma ilusão
Para apagar uma mentira?
O choro cansou o mundo
E a nós mesmo já causa tédio
E quando julgamos que o sorriso é choro
Ele é riso simplesmente
Porque já nem sabemos lamentar
Mas olha a tua volta
Abre bem os olhos
- Vês?
Aí está o mundo
Construamos.

Agostinho Neto

sexta-feira, 12 de março de 2010

Psicologia do Desenvolvimento

A psicologia do desenvolvimento, como sendo uma área de estudo que tem por objectivo estudar a evolução dos processos psicológicos ao longo do tempo, contribui sobremaneira para o trabalho dos técnicos de educação.
Deste modo, importa primeiramente conduzir o aluno ao desenvolvimento das suas capacidades de auto-monitorização e motivação, para que este possa regular a sua própria aprendizagem, criar os seus próprios métodos de estudo e controlar de forma autonoma e positiva os seus maiores obstáculos.
Importa, pois, que os alunos sejam capazes de assumir uma perspectiva construtivista / interaccionista por oposição a uma passividade inerente a uma actuação inactiva. Para tal, confluem os esforços conjuntos e interrelacionais entre professor e aluno, numa procura de estratégias que melhor sirvam o sucesso da aprendizagem.
É através da metacognição, ou seja, do conhecimento sobre os métodos que melhor se adequam à aquisição de competências, que os alunos conseguem atingir os conhecimentos sobre os seus próprios métodos cognitivos, tomando consciência dos mesmos e controlando os seus processos mentais.